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PSDB e PV pedem comissão mista para acompanhar programa nuclear brasileiro

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Jornal da Câmara
Política

Para os parlamentares, é preocupante a iminência da instalação de novos empreendimentos nucleares no Brasil

Da Redação

O terremoto no Japão e o consequente risco de um acidente nuclear naquele país provocou entre os deputados uma maior preocupação com a segurança do programa nuclear brasileiro. Os líderes do PSDB, Duarte Nogueira (SP), e do PV, Sarney Filho (MA), apresentaram requerimento à Mesa Diretora do Congresso para que seja criada uma comissão mista especial com o objetivo de acompanhar, monitorar e fiscalizar as ações referentes à implantação de usinas nucleares no Brasil, já prevista no Plano Decenal de Energia, em estágio avançado de discussão no âmbito do governo.



As imagens da tragédia no Japão, justificam os líderes no requerimento, já levaram diferentes países a anunciar mudanças na segurança de seus programas nucleares e devem afetar a reativação do setor energético mundial. "É fundamental que esta comissão acompanhe os estudos ora em execução sobre a situação das usinas já existentes e também sobre a construção de novas usinas nucleares no Brasil", pedem Nogueira e Sarney Filho.



Para os parlamentares, é preocupante a iminência da instalação de novos empreendimentos nucleares no Brasil, por iniciativa do Executivo, "sem que haja prévia participação do Congresso e sem que se assegure amplo debate público".



Fukushima - Em Plenário, diversos parlamentares também mostraram preocupação com o tema. Sarney Filho leu nota oficial do PV na qual ressalta que a usina nuclear de Fukushima está numa situação de risco total. O partido diz que a recente declaração do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que a questão nuclear brasileira está dissociada da japonesa é precipitada e incoerente, "pois a usina do Japão não explodiu por conta do tsunami ou dos terremotos da região, mas devido a uma simples falha no suprimento de eletricidade".



Segundo Alfredo Sirkis (PV-RJ), as centrais nucleares em funcionamento ou prestes a entrar em funcionamento no Brasil são dos anos 70. As usinas, para o deputado, são caras, perigosas e, no caso do Brasil, desnecessárias.



Ricardo Tripoli (PSDB-SP) também avaliou que o Brasil não tem o menor interesse na geração de energia movida por usinas nucleares. "Num país da dimensão do Brasil, com o potencial hídrico e de energias alternativas, não faz sentido investir numa usina nuclear, que é de 10 a 20 vezes mais cara", afirmou.



Ontem, o governo brasileiro criou um grupo interministerial para acompanhar as medidas internacionais de segurança que devem ser tomadas após o acidente no Japão.
 
 
O Perigo Concreto Comenta:
Os anúncios são razoáveis, infelizmente o modelo de relação segue o mesmo - é preciso que grandes tragédias ocorram para que os efeitos econômicos se sobresaiam aos direitos humanos para que a estrutura comercial nuclear seja repensada. Um preço alto que sai do bolso, ou melhor, da saúde dos contribuintes e afeta diretamente o bolso (e aqui sim também se pode dizer "a bolsa" - de valores) dos grandes tubarões, digo, empresários do setor e suas empreiteiras.

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