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O Acidente e a Arte

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Filme - Césio 137 - O Pesadelo De Goiânia

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Sinopse: O Filme passa-se em Goiânia. Conta a história de Vavá e seu amigo (narradores), que juntos descobrem uma peça de chumbo nas ruínas de um antigo hospital. A peça encontrada trata-se de um material radioativo (o Césio 137). Ela é vendida a Devair,o dono de um ferro velho, um amigo de Vavá. Devair e seus ajudantes quebram a peça e liberam a capsula de Césio 137. Devair, que estava maravilhado pela cor azul e brilhante que o Césio 137 emitia, resolveu mostra-lo para seus amigos, para seu irmão Ivo.

Critica ao Filme
Há muitas formas de conhecer a historia do acidente com o césio em Goiânia. Infelizmente este filme não é uma delas. Existe um erro grave no roteiro. A diegése (universo temporal da trama) passa no período de pré descoberta do acidente, alguns personagens desconfiam da procedência do pó de brilho azul, chegando a elucidar a possibilidade de ser radiação. Esta informação muda completamente o panorama e a gravidade da historia, a mesma não corresponde aos fatos ("(...)Tive uma lesão no fêmur direito porque coloquei um pouco do césio no bolso. Meu irmão deu. A gente não sabia o que era, só sabíamos que era bonito. (...)” Ernesto Fabiano, grupo 1). O ponto alto do filme são detalhes como as locações (locais escolhidos para a filmagem) e alguns eventos reproduzidos de maneira fiel ao acontecido (os sintomas da contaminação por exemplo). O ponto baixo é o toque de "ficção" em pontos da historia que devido a sua importância e destaque dramático fogem a realidade. Mesmo com tais pontos graves vale a pena assistir, desde que o espectador esteja bem informado.

Me lembro da Maria Gabriela levando uma Coca- Cola em uma sexta-feira, na Vigilância Sanitária, onde eu fazia os registros. Ela achava que o refrigerante estava estragado e fazendo mal a todos. Fiz o registro, mas nem deu tempo de fazer o exame. ela voltou na segunda com a cápsula e tudo foi descoberto. Nossa colega Maria das Graças Vieira morreu de câncer depois disso. Hoje tenho gastrite e queda de cabelo constante. Um dia a Diretora do Posto de saúde do Setor Rodoviário tentou me impedir de entrar para vacinar minha filha. A discriminação vinha de todos os lados. Como a Vigilância foi interditada a CNEN não passou o aparelho para me medir. Quanto à Suleide, estou satisfeita, mas acho que pode melhorar.” (Dulce Helena Silveira dos Santos, grupo 1)


Mais Filmes

O acidente com o Césio-137, contaminação ocorrida a partir do contato com o lixo radioativo em um ferro-velho de Goiânia em 1987, motivou a produção de vários filmes e documentários por cineastas interessados em resgatar a história. No IV Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), realizado em junho passado na Cidade de Goiás, foram apresentados Césio no sangue, do sueco Lars Westman, e Amarelinha, do goiano Ângelo Lima.

Outro filme em desenvolvimento, também baseado no acidente com o Césio-137 em Goiânia, é O silêncio azul. É uma co-produção do cineasta e professor da Universidade Católica de Goiás, Luiz Eduardo Jorge, com a produtora Laura Pires, viúva do cineasta baiano Roberto Pires, autor de Césio-137 ­ o pesadelo de Goiânia, realizado em 1990. Laura Pires vive em Salvador (BA) e persiste na luta iniciada por seu marido. "Roberto era louco por cinema e fazia qualquer coisa para ter as imagens que queria. Não se importou com o que poderia acontecer com ele entrando no local onde sabia que era muito perigoso", lamenta.

As locações de O silêncio azul estão previstas para Goiânia, Angra I, Chernobyl, Hiroshima, Nagasaki. Inclui, ainda, locais em Cuba onde algumas vítimas da contaminação se trataram. Segundo o cineasta, o objetivo é fazer uma abordagem histórica e estabelecer correlação do Césio-137 com outros acidentes. Jorge pretende reunir extenso material com a visita ao depósito com rejeitos radioativos, em Abadia de Goiás, e a cemitérios, ouvir depoimentos de médicos, secretários de saúde, cientistas, parentes das vítimas e pessoas envolvidas com o acidente, além de checar novamente os números oficiais de mortos e contaminados.

A dupla de produtores tem mais um desafio ­ o de descobrir se o câncer que vitimou o cineasta Roberto Pires deveu-se à exposição prolongada em ambiente contaminado no depósito do Césio-137 durante as filmagens.

PERSONAGENS MARCADOS Outra produção sobre o tema é a do sueco Lars Westman, Césio no sangue. O filme em 57 minutos retrata o sofrimento de vítimas do acidente, sob a perspectiva da discriminação sofrida por elas e a dificuldade em retomar a normalidade de suas vidas. O filme foi patrocinado pela empresa Westman's Film e produzido entre os meses de outubro e novembro de 2001. A única apresentação pública ocorreu no festival goiano. O cineasta explica que não encontrou espaço para divulgação, nem na televisão brasileira nem na sueca, sob o argumento de que o assunto não era mais novidade.

Césio no sangue é uma continuidade de um documentário realizado pelo cineasta há 15 anos, na época do acidente radiológico, para uma televisão estatal da Suécia, com o nome de Eu tenho césio dentro do sangue e tenho medo. No ano passado, ele retornou a Goiânia, procurou as mesmas pessoas e o cenário encontrado "foi de desolação". Algumas das vítimas morreram, outras estão bastante doentes e a maioria continua com medo de falar sobre o assunto.

O cineasta sueco, que vive hoje na Bahia, considera os acidentes radioativos sérios problemas da atualidade. Além de participar de O silêncio azul, ele não pretende parar de documentar o assunto, porque, em suas pesquisas, constatou que existem 387 máquinas iguais às do acidente de Goiânia, desaparecidas. Isso, na sua opinião, representa um risco constante, para o qual os governantes não estão atentos.

- No documentário O Brilho da Morte produzido em 2003, o cineasta Luiz Eduardo Jorge afirma categoricamente que a causa da morte de Roberto Pires (diretor do filme Césio 137 - o Pesadelo de Goiânia) está relacionada a uma possível exposição à contaminação radiológica, durante as gravações entre 1989 e 1991.

- Dossiê do Césio de Weber Borges

- Césio no sangue de Lars Westman

- O silêncio azul de Luiz Eduardo Jorge e Laura Pires.

- Amarelinha de Ângelo Lima

- O Pesadelo é Azul, de Ângelo Lima


O Pesadelo é Azul - Parte 1

http://www.youtube.com/watch?v=ZqNOYowMp2M

O Pesadelo é Azul - Parte 2

http://www.youtube.com/watch?v=Y3v5Pc2Vg7E

O Pesadelo é Azul - Parte 3

http://www.youtube.com/watch?v=RTxEd8fYLwY

O Pesadelo é Azul - Parte 4

http://www.youtube.com/watch?v=c_nXk9mUyxo

O Pesadelo é Azul - Parte Final

http://www.youtube.com/watch?v=TLcN5z-POO4


Televisão - Linha Direta Justiça - Césio 137
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=kdC70RKqQWk

Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=DYfO1oIKITw

Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=cO2g_XVC5XY

Parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=bIDaAPkWgB0




Artes Plásticas - Siron Franco
Presenciou em Goiânia, o divulgadíssimo acidente do césio-137. Movido pelas terríveis cenas que deve ter presenciado durante o caos e pela profunda afinidade que sempre teve com a terra natal e seus aspectos naturais, Siron produziu o seu mais valioso trabalho, a “Série Césio”. Foram 23 quadros pintados com terra de Goiânia, tinta automotiva prateada e tinta fosforescente azul. Daí surgiu a exposição “Goiânia, Rua 57” realizada na Galeria Montesanti, em São Paulo.

Arquitetura - Oscar Niemeyer

Outras duas iniciativas que vêm sendo discutidas pela Secretaria da Saúde e Ministério da Saúde é a construção do Memorial do Césio e do Centro de Referência. Segundo Zacharias Calil, da Superintendência Leide das Neves (Suleide), a idéia é fazer um resgate histórico. Por isso, a secretaria vai solicitar ao ministério uma verba extra de R$ 150 mil para fazer o resgate do acervo histórico, que conta com documentos que remontam a história do acidente.

Já o Memorial do Césio deve ser construído na Rua 57, no Centro. O projeto será desenvolvido pelo arquiteto Oscar Niemeyer, informa o superintendente da Suleide. Porém, o orçamento ainda não está pronto. A idéia é que o projeto seja financiado pelo Governo Federal. Já a construção de um moderno centro internacional de pesquisa e documentação em Goiás é a mais ousada. Ele deve seguir os moldes dos que existem em Hiroshima (Japão) e Chernobyl (Ucrânia) e servirá para realizar pesquisas e prestar atendimento, com alto grau tecnológico. Ele deve sediar o acervo documental a respeito do acidente.

O presidente da Associação das Vítimas do Césio 137 (Avcésio), Odesson Alves Ferreira, recebe com alegria todas estas notícias. "Mesmo que seja 20 anos depois", afirma. "Não podemos reclamar da assistência que o Estado vem prestando às vítimas ao longo destas duas décadas, porém sempre houve uma omissão por parte do Governo Federal. Acho que chegou o momento de reparar isso", desabafa. Odesson defende que o Governo Federal arque com, pelo menos, 60% de todas as obrigações para com as vítimas do acidente radiológico. Para o presidente da Avcésio, ele sentirá que sua missão estará cumprida quando estiver concluídos o Memorial do Césio, o Centro de Referência e a reforma da Suleide. Outras informações: (62) 3201-3784.


"Sou da família da Santana. Eu era muito pequeno na época, tinha 4 anos, mas me lembro de tomar banho de vinagre e de ter dormido na rua. Na escola, as pessoas tinham medo, os professores chamavam a gente de irradiados. Passamos muita coisa ruim. Foram na nossa casa e levaram tudo. De vez em quando surgem carocinhos no meu corpo e aftas na boca. Também sinto muita dor de cabeça. Não comento com ninguém. Quanto esse assunto é discutido na escola, me incomoda falar a respeito. Não recebo as pensões, e evito ir à SuLeide para não ser maltratado. Eles nos tratam como se não tivesse acontecido nada. Me sinto abandonado"

Livros

Goiânia, Rua 57 - O Nuclear na Terra do Sol (Fernando Gabeira)
http://www.gabeira.com.br/armazem/e-books/482-goiania-rua-57

Frederico Fullgraf, jornalista, cineasta, ecologista, finalmente lança nas próximas semanas o livro sobre a questão nuclear, examinando desde os princípios nas negociações entre a República Federal da Alemanha e o Brasil até os últimos acidentes ocorridos no Exterior e mesmo em Goiânia. Há muitos anos que Frederico se preocupa com o assunto e paralelamente ao livro (editora Brasiliense) preparou um roteiro para um média-metragem, já aprovado pela Embrafilme e que começa a rodar dentro de algumas semanas.

Nascido na Alemanha, mas vindo ainda criança para Curitiba, Frederico voltou aos 18 anos para Berlim, ali permanecendo por mais de dez anos. Formando-se em jornalismo, trabalhou para grandes emissoras de rádio e televisão, colaborou com importantes publicações e, sendo poliglota (fala cinco idiomas, perfeitamente), fez coberturas em várias partes do mundo. Com acesso a importantes e fidedignas fontes, começou a recolher elementos ligados a questão nuclear, possibilitando-lhe, desenvolver um dos mais completos livros a respeito - e que também deverá transmitir em imagens de seu média-metragem.

Desde que realizou os eu primeiro curta-metragem no Brasil - "Quarup, Adeus Sete Quedas", há seis anos, documentado o fim das Sete Quedas, em Guaíra - e usando como texto apenas o poema de Carlos Drummond de Andrade, Frederico optou por um cinema ecológico, atual, corajoso e independente. Assim com o apoio de uma instituição religiosa alemã, fez o contundente "Expropriado", mostrando o triste êxodo dos agricultores expulsos de uma das mais férteis regiões do Paraná devido ao lago de Itaipu. Em "DDD - Dose Diária Aceitável / O Veneno Nosso de Cada Dia", denunciou os agrotóxicos, com dados tão sérios que uma multinacional alemã, citada no filme, tentou impedir sua projeção pela televisão alemã.

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Enquanto a Brasiliense programou o livro de Fullgraf para as primeiras semanas de 1988, a Editora Guanabara encerrou 1987 editando "Goiânia. Rua 57 - O Nuclear na Terra do Sol", de Fernando Gabeira (89 páginas).

Fullgraf e Gabeira são amigos de longas datas e integram o Partido Verde, pelo qual o autor de "O que É Isto, Companheiro? "foi candidato a governador nas últimas eleições.

E, sua linguagem clara, resultado de seus anos de atuante profissional do "Jornal do Brasil", Gabeira faz um relato up to date do incidente nuclear na capital de Goiás, que acompanhou pessoalmente, em contato com técnicos nucleares, médicos e habitantes da cidade, como repórter que busca a informação de primeira mão.

O incidente de Goiânia - denunciado a partir do dia 28 de setembro acarretou mortes, desencadeou problemas econômicos, despertou preconceitos e tornou dramaticamente incerto o destino de várias pessoas afetadas pela radiação. Mas, como denuncia Gabeira, acima de tudo revelou o despreparo das autoridades para lidar com o problema. Assim, neste contundente e atual "Goiânia. Rua 57 - O Nuclear na Terra do Sol", Gabeira questiona incisivamente o programa nuclear brasileiro, mostrando suas falhas e amargas conseqüências. Segundo Gabeira, a situação de Goiânia apresenta ainda muitos pontos obscuros. Assim, raciocina, é necessário que todos se informem melhor sobre a questão nuclear.

- "No mundo inteiro está sendo radicalmente repensada e o mesmo tem de ser feito no Brasil".

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Um curitibano que acompanhou de perto a tragédia de Goiânia foi o flautista e maestro Norton Morozowicz. Diretor artístico do Encontro Nacional de Pequenos e Grandes Artistas, que há três anos a Musika - Centro de Estudos, de sua amiga, a pianista Glacy Antunes de Oliveira, vem promovendo, o evento iria acontecer entre 20 a 29 de outubro. Dezenas de grandes instrumentistas e professores de música já estavam contratados para esta promoção, cujo conceito vem crescendo a cada ano. Com o problema provocado pela abertura da cápsula radioativa do Césio 137, todos os convidados declinaram do compromisso, temendo a radiação. Norton, numa atitude das mais profissionais, viajou para Goiânia e ali permaneceu, deixando, entretanto, os convidados da promoção livres para optarem pela desistência, "já que era uma questão pessoal de cada um".

A única artista que havia assumido compromisso de comparecer e que não desistiu foi a bailarina Ana Maria Botafogo, do Rio de Janeiro. Num exemplo admirável de profissionalismo, Ana Maria - que há alguns anos residiu em Curitiba, sendo primeira bailarina do Ballet Guaíra - fez questão de ir e com alunas de dança de Goiânia apresentar nas noites de 20 a 21 um belo espetáculo. Se artisticamente e pessoalmente Ana Maria Botafogo já merecia toda administração a partir de sua coragem pessoal de fazer com que ao menos dois espetáculos acontecessem em Goiânia - no momento mais dramático já vivido por aquela cidade, sofrendo um esvaziamento total e inclusive preconceitos que até agora prosseguem - a tornaram credora da maior gratidão da cidade. A concessão do título de cidadania honorária de Goiânia, é o mínimo que as autoridades locais podem fazer.

Embora apolítico, Norton Morozowicz, 40 anos, fez questão de estar presente nos momentos difíceis que sua amiga Glacy Antunes (com quem fez uma excursão artística pelos Estados Unidos, há um ano) enfrentou.

Diz a respeito:

- "Havia tensão e medo, é claro! Mas o perigo de fato inexistia fora da área contaminada. E fiz o que deveria ter feito: estar presente, com pessoas a quem admiro e que apoiam nossos projetos culturais".


Segundo a Wikipedia

Cinema


Livros


Música

  • Em 1988, o cantor e compositor italiano Angelo Branduardi lançou a canção "Miracolo a Goiania" no álbum Pane e Rose. Esta canção conta o diálogo que teria ocorrido entre as pessoas envolvidas no acidente.
  • Em 1992, o cantor e compositor panamense Rubén Blades lançou a canção "El Cilindro" no álbum Amor y Control. Esta canção conta uma história que teria ocorrido com um dos protagonistas do acidente.


Televisão

  • O episódio "Thine Own Self" de Star Trek, que foi ao ar em 14 de fevereiro de 1994, apresenta algumas similaridades ao acidente.
  • O episódio do dia 9 de agosto de 2007 do programa Linha Direta da Rede Globo teve como tema o acidente, que completava vinte anos.
  • O episódio "Daddy's Boy" do seriado americano House, M.D. apresenta uma trama similar à do incidente.
  • Um episódio do desenho animado The New Adventures of Captain Planet foi escrito fazendo um paralelo com o incidente. Nele, um grupo de crianças encontram um fonte radioativa em um equipamento médico abandonado e, conseqüentemente, contaminam-se, embora os heróis intervenham antes que as mortes ocorram.


Fontes:
- http://baixarfilmescompletos.net/index.php/2009/12/cesio-137-o-pesadelo-de-goiania-nacional/
- http://www.sironfranco.com/
- http://www.noticiasdegoias.go.gov.br/index.php?idMateria=37635&tp=positivo
- Foto: Arquivo Pessoal
- Jornal O Popular, edição de 28/9/2002
- http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100037&script=sci_arttext
- http://www.millarch.org/artigo/os-tempos-nucleares-fred-gabeira-norton
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiológico_de_Goiânia

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