Sidney Luiz Rabello, Jornal do Brasil
RIO - A réplica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão atualmente responsável pelo licenciamento e fiscalização das aplicações da energia nuclear, não contestou sequer uma linha do artigo intitulado O anacronismo de Angra 3 (JB, 05/11/2010, pág. A11). Tergiversou. Inclusive confirmou que o projeto de Angra 3 é de mais de 30 anos, e, em nenhum momento, discordou de que Angra 3 não inclui em seu projeto requisitos de segurança, decorrentes do acidente de Three Mile Island (TMI). Simplesmente omitiu qualquer menção.
Não poderia ser diferente, pois Angra 3 foi projetada à luz das usinas nucleares alemãs da década de 70 ou início da década de 80.
Uma vez que os critérios de segurança e os projetos das usinas nucleares alemães precederam o acidente de TMI e o amadurecimento internacional dos novos critérios de segurança, logicamente não contemplam os requisitos de segurança pós-TMI.
Os critérios de segurança pós-TMI exigem, entre outras coisas, um novo projeto para o edifício do reator de Angra 3, com requisitos adicionais para a contenção, última barreira contra a liberação de material radioativo (vide seção 3 de The impact of safety standards updating for design purposes in nuclear power plants licensing, INAC2009).
Devemos fazer como nos Estados Unidos, tomados em seus bons exemplos, onde a Nuclear Regulatory Commission (NRC), autoridade licenciadora americana, divulga fartamente toda a documentação de licenciamento das usinas nucleares americanas há décadas. Atualmente basta ir à página da NRC na internet (www.nrc.gov) e verificar por exemplo como são atendidos os requisitos pós-TMI pelo EPR da Areva e outras usinas em processo de licenciamento. Pode-se verificar também todo o questionamento técnico da NRC e as modificações de projeto decorrentes. Façam o exercício. Todos ganharão.
É difícil depreender as razões de se insistir em um projeto obsoleto. Por que a Cnen não exige que Angra 3 atenda os requisitos de segurança pós-TMI? Por que não transforma em realidade a afirmação da réplica de que o único envolvimento da Cnen é no processo de licenciamento, que consiste em verificar a conformidade do projeto com as normas de segurança?
Uma autoridade licenciadora deve necessariamente fazer cumprir suas atribuições de proteção da população, dos trabalhadores e do meio ambiente, no que diz respeito às aplicações da energia nuclear, e exigir dos requerentes que introduzam no projeto toda a experiência operacional nacional e internacional, de forma a se evitar a ocorrência de acidentes e funcionamentos anormais já vivenciados em outras usinas.
Será bastante oportuna a participação da engenharia nacional, por meio do Clube de Engenharia e do Crea-RJ, no debate sobre Angra 3, uma das mais importantes obras de engenharia do país na atualidade, longe do lobby nuclear e das palavras fáceis, para que seja comprovado por documentos de engenharia se os requisitos de segurança pós-TMI estão incluídos no projeto de Angra 3 e se está garantida a proteção da população, do trabalhadores e do meio ambiente.
22:38 - 30/03/2010
Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/03/30/e300321089.asp
North Carolina 30/01/2012 Os recurssos No Brazil naturalmente sao inferiores, comparando com os recurssos americano ou germanico frances. (ARIVA) usinas nucleares. Ariva nuclear na franca e na europa tem esecutado uma estrategia de reciclagen do combustivel nuclear. Nos estados unidos e na europa a populacao e multnacionais estao sempre em contato e o resultado sempre emerge em superior design and technology. O Brasil deveria investir no futuro do atomo ( THORIUM ) REACTORS SAO MAIS EFICIENTES. Simplesmente nao produs residos atomicos ( lixo ) uraniun233 e THORIUM 232 uo SEJA queima completamente e pode ser adicionado em reatores convecionais produsindo menos residuos nucleares. Acorda Brazil, acidentes nos Estados Unidos com todos os recurssos tanben sao irreparavens imagine no Brazil na nossa querida Angra dos Reis acrdo Brazil...