Posted in Caetité (BA) - Contaminação , Notícias
O relatório produzido pela socióloga Marijane Lisboa registra elevados índices de casos de câncer na população jovem do município baiano e admite a possibilidade da incidência da doença estar vinculada à exploração de urânio.
Os elevados índices de casos de câncer na população jovem de Caetité, a 770 km de Salvador, e a possibilidade de a incidência da doença estar vinculada à exploração de urânio no município fazem parte do relatório produzido pela socióloga, doutora em ética e meio ambiente, Marijane Lisboa, que será entregue à Organização das Nações Unidas (ONU). Ela passou três dias no sudoeste da Bahia investigando os efeitos da atividade junto à população.
O relatório conterá avaliação socioambiental das atividades da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que, há 10 anos, extrai urânio no município para o funcionamento das usinas nucleares Angra I e Angra II.
Depois de retornar da visita à área, a socióloga afirmou que o estigma de "cidade do urânio" pesa sobre a vida dos moradores de Caetité, "que, além da falta dágua enfrentam dificuldades para comercializarem seus produtos agrícolas. A vida econômica dessas comunidades rurais está morta", afirmou Lisboa.
Relatora do Direito Humano Ambiental, da ONG Direitos Humanos, Econômicos, Culturais e Ambientais (Dhesca), ela foi levada à região a partir da solicitação de outras duas organizações - a Associação Movimento Paulo Jackson e a Rede Brasileira de Justiça Ambiental, que estão preocupadas com ocorrências de vazamento, contaminação de poços artesianos e falta de informações para as comunidades. A relatora constatou que a população local não tem sido informada sobre os riscos que corre pela proximidade com a INB.
A promotora pública Luciana Khoury informou que, desde 2006, duas ações já foram ajuizadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e outra pelo Ministério Público Federal (MPF), para que o Estado, o município e a INB forneçam água e assistência médica à população.
O diretor de recursos minerais das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) afirmou que "a extração de urânio não traz problema algum". Ele disse não ter expectativas de que o relatório do Dhesca traga alguma novidade ou informação que comprometa as atividades da INB na região.
Sob a acusação da falta de informações para a população, Bittencourt disse que na cidade há postos de informações que informam sobre todos os dados obtidos durante as fiscalizações feitas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), ligada à INB. No entanto, reconheceu erro quanto à fiscalização. "Já estamos tentando reparar e criar uma comissão só para a fiscalização", declarou o diretor.
Os elevados índices de casos de câncer na população jovem de Caetité, a 770 km de Salvador, e a possibilidade de a incidência da doença estar vinculada à exploração de urânio no município fazem parte do relatório produzido pela socióloga, doutora em ética e meio ambiente, Marijane Lisboa, que será entregue à Organização das Nações Unidas (ONU). Ela passou três dias no sudoeste da Bahia investigando os efeitos da atividade junto à população.
O relatório conterá avaliação socioambiental das atividades da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que, há 10 anos, extrai urânio no município para o funcionamento das usinas nucleares Angra I e Angra II.
Depois de retornar da visita à área, a socióloga afirmou que o estigma de "cidade do urânio" pesa sobre a vida dos moradores de Caetité, "que, além da falta dágua enfrentam dificuldades para comercializarem seus produtos agrícolas. A vida econômica dessas comunidades rurais está morta", afirmou Lisboa.
Relatora do Direito Humano Ambiental, da ONG Direitos Humanos, Econômicos, Culturais e Ambientais (Dhesca), ela foi levada à região a partir da solicitação de outras duas organizações - a Associação Movimento Paulo Jackson e a Rede Brasileira de Justiça Ambiental, que estão preocupadas com ocorrências de vazamento, contaminação de poços artesianos e falta de informações para as comunidades. A relatora constatou que a população local não tem sido informada sobre os riscos que corre pela proximidade com a INB.
A promotora pública Luciana Khoury informou que, desde 2006, duas ações já foram ajuizadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e outra pelo Ministério Público Federal (MPF), para que o Estado, o município e a INB forneçam água e assistência médica à população.
O diretor de recursos minerais das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) afirmou que "a extração de urânio não traz problema algum". Ele disse não ter expectativas de que o relatório do Dhesca traga alguma novidade ou informação que comprometa as atividades da INB na região.
Sob a acusação da falta de informações para a população, Bittencourt disse que na cidade há postos de informações que informam sobre todos os dados obtidos durante as fiscalizações feitas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), ligada à INB. No entanto, reconheceu erro quanto à fiscalização. "Já estamos tentando reparar e criar uma comissão só para a fiscalização", declarou o diretor.
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