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Depósito Nuclear de Hanford em Washington vive novo vazamento radioativo em 2013

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Vazamento em vários tanques de seis contentores de 

resíduos nucleares foi registrada no estado de 

Washington, declarou o governador do estado Jay Inslee.

Seis tanques subterrâneos de lixo nuclear estão vazando no Estado norte-americano de Washington, anunciou na sexta-feira (22/02/2013) o governador Jay Inslee.
Os seis tanques em questão encontram-se no Depósito Nuclear de Hanford, considerado a área de maior contaminação radioativa dos Estados Unidos.
Inslee fez o anúncio depois de uma reunião com funcionários do governo federal. Segundo ele, a situação é "perturbadora". A vida útil dos tanques, de aproximadamente 20 anos, já expirou. 

A porta-voz do gabinete, Lisa Harper, disse que o secretário de Energia norte-americano, Steven Chu, havia informado o governador nesta sexta-feira sobre o vazamento em seis tanques. Ela falou que o vazamento não foi contido.

De acordo com uma porta-voz de Inslee, o Departamento de Energia recebeu informações de que os vazamentos estavam ocorrendo, mas, por não analisá-las corretamente, não estava imediatamente ciente de sua importância nem notificou autoridades estaduais. 

"Uma das coisas frustrantes que soubemos é que o Departamento de Energia tinha dados de que os vazamentos estavam acontecendo e se tivessem analisado adequadamente teria dito mais cedo que os vazamentos estavam ocorrendo", disse a porta-voz Jamie Smith. 

Ela afirmou que as autoridades estavam preocupadas com a possibilidade de os resíduos vazarem para o rio Columbia. 

Segundo a Agência de Proteção Ambiental, Hanford é um local onde nove reatores nucleares foram construídos ao longo do rio Columbia, como parte do Projeto Manhattan --que desenvolveu as primeiras bombas atômicas americanas, durante a Segunda Guerra. 

A produção terminou em 1989, de acordo com a agência, e começou um trabalho de limpeza de resíduos nucleares e químicos no local contaminado.
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Tráfico de Césio-137 na Turquia

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A polícia turca, averiguando um carro na província de Giresun (adjacente à costa do Mar Negro), encontrou nele dois Erlenmeyers contendo césio-137 radiativo. O motorista foi preso. O césio que vale $1 milhão, será enviado para estudos à Agência Turca de Energia Atômica. Não se informa de onde esse material entrou na Turquia.

Este ano, já não o primeiro caso em que na Turquia se confisca césio-137. Em abril passado, autoridades encontraram cerca de 500 g dessa substância radioativa num carro indo à Turquia, proveniente da Geórgia. A fonte principal da obtenção de césio-137 são os resíduos do combustível nuclear de usinas atômicas.
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Usina Nuclear no Japão está sobre uma falha geológica potencialmente perigosa

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Os peritos baseiam suas conclusões preliminares em resultados da inspeção visual da rocha nas proximidades da central nuclear Higashidori na prefeitura Aomori, no norte do país, informa o Departamento de Supervisão de Energia Nuclear do Japão.

Caso os pressupostos negativos sejam confirmados, as autoridades obrigarão a empresa-operador Tohoku Electric Power Company a tomar uma série de medidas para proteger a usina contra um possível terremoto. A central nuclear Higashidori tornou-se a segunda usina sob a qual foi encontrado uma falha geológica. Mais uma falha foi encontrada anteriormente debaixo do reator da usina Tsuruga.

A Autoridade Reguladora Nuclear do Japão (ARN) iniciou na quinta-feira (14/02) as investigações de falhas geológicas ativas sob a usina nuclear de Higashidori, localizada na prefeitura de Aomori.

Os especialistas observaram valas cavadas na parte sul da usina. Ao longo de uma falha conhecida como “S-19”, foi analisada uma alteração de 90 centímetros.
ARN durante a investigação na usina de Higashidori
 (Imagem: reprodução NHK)

Funcionário da Companhia de Energia Elétrica de Tohoku, operadora da usina, disseram que a alteração se deu pelo inchaço das camadas de absorção de água e não por atividades sísmicas. Contudo, os pesquisadores da ARN duvidaram da explicação, afirmando que a mesma é controversa.
Os especialistas irão adquirir mais dados durante a investigação de dois dias e apresentar um relatório na próxima quinta-feira (20) durante uma reunião em Tóquio, de acordo com informações da NHK World News.
A ARN já investigou as usina de Oi e Tsuruga. Nesta semana, o painel responsável anunciou uma falha ativa embaixo da usina de Tsuruga, mas o futuro da usina ainda não foi decidido.
As normas do governo japonês não permitem usinas nucleares em cima de falhas geológicas ativas.

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Empresas francesas evacuam seus funcionários de Chernobyl

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As empresas de construção francesas Vinci e Bouygues evacuaram, como medida de precaução, seus funcionários de Chernobyl após na terça-feira, na sala de máquinas do 4º bloco da usina nuclear de Chernobyl, as paredes e o telhado terem abatido parcialmente.

O serviço de imprensa da usina nuclear, no entanto, declarou que não foi detectado qualquer aumento da radiação de fundo na própria usina ou na zona de exclusão, ninguém ficou ferido.

A parede que ruiu se encontrava longe do reator, acrescentou o serviço de imprensa. No entanto, tal destruição evidencia que a construção da usina nuclear continua a deteriorar-se.

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Usina nuclear de Chernobyl está desmoronando por velhice

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O desmoronamento parcial dos tabiques separadores e do telhado ligeiro na sala de máquinas da usina nuclear de Chernobyl ocorreu por causa de desgaste das estruturas, mas não por neve acumulada no telhado, informa o canal de TV ucraniano "1 +1", cuja equipe visitou a estação junto com deputados do parlamento ucraniano.

Após o acidente que se produziu no 4º bloco da usina nuclear de Chernobyl em 1986, na sala de máquinas danificada nunca mais se realizaram obras de reparação e, portanto, uma situação similar à de desmoronamento parcial poderia voltar a acontecer.

Na terça-feira (12), na sala de máquinas do 4º bloco da usina nuclear de Chernobyl foi registrada uma destruição parcial das paredes e do telhado, sendo a área de desmoronamento de cerca de 600m ².

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Pense, reflita e diga não a energia nuclear

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    As decisões tomadas pelos governos da França, Alemanha, Japão, Bélgica, Itália, entre outros, de reverem seus programas de instalação de novas usinas nucleares, e desativarem as existentes, são mais do que um indicativo que esta fonte de energia perdeu espaço considerável no século XXI. Por trás (e a frente) das decisões governamentais, está a pressão popular. A conscientização sobre os reais riscos desta tecnologia tem levado milhares de pessoas a se manifestarem publicamente contrárias ao uso da energia nuclear. Dificilmente por vontade de novos governos haverá mudanças na política não nuclear destes países. Nem mesmo no Japão, onde o atual primeiro ministro tem insinuado que não só reativará as 50 usinas fechadas pós Fukushima, mas construirá novas centrais núcleo-elétricas. A razão é simples a população não quer conviver com o perigo constante de uma catástrofe nuclear.

    A China, utilizada como exemplo na rota pró-nuclear, não deve ser imitada. Suas situação política, social e ambiental, não serve como exemplo. O país que é o mais populoso do mundo (mais de 1,3 bilhões de habitantes), tolhe a liberdade de expressão e impede pela força, a participação popular. Por outro lado, os Estados Unidos da América, citado como exemplo de modelo nuclear, vive um grande dilema com relação a sua economia, a seu modo de vida, e as suas posições nos fóruns internacionais referentes às mudanças climáticas. As contradições são enormes, em um país que já foi à locomotiva do mundo ocidental capitalista. Hoje, ao mesmo tempo, propõe a produção e a utilização do gás do xisto betuminoso (verdadeiro crime ambiental), acena para o fortalecimento de políticas na área de energias renováveis.

    O Brasil é que deveria servir de exemplo e modelo para outros paises na área energética. Com recursos naturais abundantes como o Sol, o vento, as águas, a biomassa, deveríamos estar à frente e propor novos caminhos para sociedade mundial, na utilização destes recursos, de maneira eficiente, sem desperdício, e sem impacto ambiental e agressão social, levando em conta para que e para quem os recursos energéticos são destinados. Complementando a rede elétrica nacional com geração de energia descentralizada, substituindo os chuveiros elétricos, a iluminação e motores ineficientes, por novas tecnologias disponíveis. Enfim priorizando o uso das novas fontes renováveis e políticas de conservação.

    Mas infelizmente, estamos andando para trás, no que concerne a matriz elétrica. Cada vez mais se instalam termelétricas a combustíveis fósseis, menosprezando os recursos naturais disponíveis. O planejamento tecnocrático indica o aumento das termelétricas nos próximos anos, desenhando para o futuro uma matriz hidro-térmica. Verdadeiro crime lesa-pátria que está sendo cometido com as gerações futuras, e com o planeta, ao desprezar as novas fontes renováveis.

    Ainda, o que chama a atenção, são as posições dos eternos lobistas da energia nuclear, uns mais belicistas que outros. Aquele mesmo, ex-ministro de Ciência e Tecnologia, que defendeu e defende que o país se insira no “clube da bomba”, volta nestes tempos de crise elétrica, a propor que a energia nuclear seja “tratada com mais carinho” pelo governo federal. Empregados ilustres da Eletronuclear utilizam velhos argumentos, os mesmos que respaldaram a assinatura do acordo Brasil-Alemanha em plena ditadura militar. Defendem que o Brasil necessita da energia nuclear para atender as necessidades elétricas de agora e futura, daí não pode abrir mão, nem de suas reservas de urânio (para os negócios), e nem da construção de novos reatores nucleares. Propõem não só Angra III em construção, e mais 4 outras usinas até 2030, sendo dois destes complexos nucleares no Nordeste brasileiro, ao lado do Rio São Francisco. Verdadeiro descalabro ao povo sertanejo.

    No próximo mês, no dia 11 de março, lembraremos 2 anos da catástrofe de Fukushima.  Não se pode esquecer a gravidade, e as repercussões para a vida de tal acidente, que esta sendo abafado pelas agências de notícia. A população brasileira não se deixará enganar, e mais uma vez continuará afirmando “Não queremos energia nuclear, nem em Pernambuco, nem no Nordeste, e nem no Brasil”.

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

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