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Mais uma vez o sistema de resfriamento de Fukushima é desligado

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Esta é a terceira vez em cinco semanas que o equipamento de refrigeração é desligado por causa de roedores


Ratos mortos na caixa de um transformador para o sistema de
 resfriamento da piscina de combustível gasto do
 reator número 2 de Fukushima
Tóquio - A danificada usina nuclear japonesa de Fukushima paralisou o resfriamento de uma piscina de combustível gasto para remover dois ratos mortos, nesta segunda-feira, na terceira vez em cinco semanas que o equipamento de refrigeração é desligado por causa de roedores.

A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina, disse que paralisou por algumas horas o resfriamento da piscina da unidade 2, que armazena barras de combustível de urânio utilizadas na usina de Fukushima Daiichi, para remover os ratos e instalar uma rede para impedir novas invasões.

No mês passado, a Tepco perdeu energia para resfriar as barras de combustível por 29 horas, uma interrupção que mais tarde foi atribuída a um rato que tinha cortado um quadro temporário.
Duas semanas mais tarde, os trabalhadores que tentavam instalar uma rede desarmaram novamente o sistema.
Em março de 2011, um tsunami se chocou contra a usina, causando o derretimento de barras de combustível em três reatores e provocando a retirada de 160 mil pessoas da região, no pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986.
O incidente desta segunda-feira segue uma série de percalços, incluindo quatro vazamentos de água contaminada de poços de armazenamento subterrâneos.
Os problemas na usina, 240 km ao norte de Tóquio, resultaram numa repreensão por parte do governo e do órgão regulador nuclear, reavivando o debate público sobre se a Tepco está à altura da tarefa de desativação prevista para durar décadas.

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O Mito da Bomba Nuclear da Paz

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Reservistas Sul Coreanos reunidos en Seúl
AHN YOUNG-JOON (AP)

O jogo de cena nuclear repete o mesmo ato mundo a fora, antes de ter uma bomba nuclear dizem que suas usinas atômicas são apenas para fornecer energia, que almejam uso pacifico, políticos beijam crianças e discursam exaltando a tecnologia a serviço do crescimento da nação. Logo de cara a população não encontra motivos para desconfiar do próprio governo, lhes soa estranho a insistência de países que já possuem a bomba querendo garantias, inspeções e o termino do respectivo plano nuclear do país. Com estas medidas os argumentos de tecnologia pela soberania nacional ganham força, afinal, eles que tem tecnologia não querem que outros tenham, são imperialistas, etc... Alguém já viu esta cena?
            A união entre usinas nucleares e bombas nucleares é simples, uma vez dominado o ciclo de enriquecimento de urânio para alimentar as usinas, as etapas mais difíceis estão superadas e, daí por diante, o problema de construir ou não a bomba atômica é mais político e econômico do que técnico. Todos os países que pesquisaram o ciclo do enriquecimento de urânio negam sempre intenções bélicas até o momento em que elas se tornam evidentes, como se observou nos casos da nuclearização de nações como Índia, China, Israel e atualmente voltou a tona com o programa nuclear Iraniano.
A profundidade das perfurações é compatível com as que usam
no programa americano para explosões subterrâneas
Tudo isso porque? Simples, porque qualquer reator que queime urânio, a 3% ou a 20%, produz plutônio como subproduto - e o plutônio é um excelente explosivo para a bomba atômica. Pode-se fazer uma bomba também com urânio enriquecido a 90% - e, nesse caso, quem domina o processo do enriquecimento a 20% é capaz de chegar a 90% pelos mesmo métodos. As usinas nucleares, além de energia, criam uma fonte abundante de recursos para o nuclear bélico. Como não há nenhum depósito definitivo para os resíduos, os tais rejeitos, vulgo lixo nuclear, toneladas desse material são estocadas na própria usina, o que convenhamos, a torna uma verdadeira bomba nuclear em grande escala. Em Fukushima, por exemplo, há 264 toneladas de varetas decombustível usado, contendo grande quantidade de césio-137, aguardando destino final. Isto é, o governo do Japão assume o risco de viver um desastre ainda pior se caso ocorrer outro terremoto que destrua a piscina de refrigeração. E quem dera se este risco fosse só em Fukushima, mas onde há uma usina nuclear, a risco semelhante.
Já sabemos então onde a usina nuclear se transforma na menina dos olhos de qualquer força armada certo? Agora vejamos o argumento da famosa “Bomba da Paz”,

Ato realizado no MASP marcando 2 anos da Tragédia
ocorrida em Fukushima (Foto: Joelma do Couto)
Vemos hoje a Coréia do Norte se gabar que por conta de seu programa nuclear e bombas nucleares seu país ainda não foi invadido, é o mesmo argumento daqueles que desejam ter os mesmos artefatos. Garantir a soberania nacional disseminando o medo é a moeda de troca das nações que possuem as bombas. No inicio do programa nuclear brasileiro não foi diferente, e em nenhuma outra parte do mundo é. Mas analisando bem, podemos perceber que esta estratégia esta muito mais afinada com os ideais de umaditadura do que com a liberdade democrática. A tal bomba da paz garante um controle via o temor, se apóia nas mais altas tecnologias não para garantir o progresso das nações. Se trata de um alto investimento, já que custa bilhões, que não tem seu retorno revertido em qualidade de vida para as populações.  A bomba apenas subsidia a ganância por poder, as políticas e ações opressoras, basicamente custa caro e é nociva.
Três gerações de japoneses na luta pela paz e contra a proliferação
de usinas e armas nucleares. (Foto: Joelma do Couto )
Sendo assim, não temos no mundo um exemplo sequer de programa nuclear aberto, franco, com contas claras, interesses definidos, com informações a disposição da população e da comunidade internacional. Seus danos, em caso de ataques ou desastres, são igualmente opressores e nocivos, marcam gerações, destroem cidades, campos, abalam a economia, reverter seus danos custa caro sendo que a maioria dos danos são irreversíveis! Portanto, o argumento cínico da bomba da paz não é uma passo a frente rumo a soberania, mas sim um grande retrocesso nas conquistas sociais, democráticas e de direitos humanos. É um passo que todos nós financiamos a custo de nossos impostos, um passo que nos impõe uma realidade que nenhum ser humano, em sã consciência, gostaria de viver.

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O que é pior que a radiação?

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A foto sugere que o poder da televisão é mais devastador que o poder da radiação. De fato, o poder de manipulação das informações é exponencial na televisão. Trata-se de um veículo de comunicação de massa, pesquisas do ibope apontam que em média o brasileiro passa 5 horas por dia assistindo televisão. Não é escondido de ninguém que cada emissora tem um dono e cada dono tem seus interesses. Portanto, o tom da fala das redes de televisão não irão jamais contrariar a voz aquele que paga os salários de quem trabalha para fazê-la funcionar.
Sim, estamos falando de poder. O poder dos meios de comunicação influenciam diretamente nas visões de mundo dapopulação, vamos combinar que não há nada mais conveniente para uma decisão política que a simpatia da opinião pública. Aqui chegamos no ponto crucial, quando a televisão está a serviço da radiação, do desenvolvimento nuclear, o argumento é sempre o progresso, pois bem, o progresso de quem? O progresso a serviço de quem? A serviço do quê?
A estratégia de comunicação em relação ao nuclear é muito clara, dizem que as usinas nucleares são de tecnologia de ponta, mas não dizem que se trata de tecnologia dos anos 70, dizem que o programa nuclear brasileiro é pacifico e seguro, mas não contam que o programa nasceu nas entranhas da DITADURA MILITAR e segue sob os mesmos comandos e desmandos da marinha até hoje. Muito não é dito, será falta de pesquisa das equipes de reportagem ou interesses velados de quem comanda este meio de comunicação?
Quando ocorrem acidentes ou tragédias, nucleares e radioativas, a justificativa da falta de informação é não levar o pânico para a população. Quando a população vai as ruas pedir os fechamentos das usinas nucleares, afinal, a medicina nuclear não é feita através dos reatores das usinas nucleares, surgem os argumentos que insinuam que trata-se de uma energia muito mais segura do que temos conhecimento, que insistir em seu fechamento por “medo” é sinal de ignorância. Onde está a sabedoria das cidades fantasmas ao redor de Chernobyl e nos vilarejos Fukushima?
Será que os interesses de progresso defendido pelas televisões pela via da proliferação nuclear está refletindo um interesse maciço da população ou será que é a voz de um dono a serviço de seus correligionários? 
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