Rio
de Janeiro, 27 de Fevereiro de 2012
Vamos falar de valores. Vamos lembrar do legado deixado pelo
programa nuclear paralelo, nos tempos da ditadura, cujos funcionários nos dias
de hoje integram a estatal. Um quinto da nossa divida externa, em 1985, era
responsabilidade das milionárias remessas para o programa nuclear.
Até chegar o dia, no caso se tratava de setembro de 1987, de
anunciarem que o Brasil já possuía tecnologia própria para enriquecer urânio a
20%. A conquista se deu em 1985, mas seu anuncio veio mais tarde. Transparência
e integridade são termos inexistentes na temática nuclear. E esta epidemia,
infelizmente, é internacional.
Gostaria
de saber qual o retorno a população responsável pela implementação de tal
medida? Quero saber o efeito real na vida de quem tem fome mas não tem
estrutura, que fizeram com que o programa nuclear paralelo valesse as penas, e
os custos. Pois são estes, e outros mais, que alimentam os cofres com o que
havia em seus bolsos.
O retorno a população não deveria ser o pilar das
engrenagens? Ou a população continuará a dividir interesses, terras, águas,
dessa disputa desleal?
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