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Apoio no continente americano

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Correio Braziliense - 09/01/2012


O presidente Mahmoud Ahmadinejad voou ontem para Caracas, iniciando sua segunda visita à América Latina desde que assumiu o poder. A primeira parada foi escolhida a dedo. O cicerone Hugo Chávez costuma exaltar o regime islâmico e sua vocação "anti-imperialista". Da capital venezuelana, Ahmadinejad seguirá para Nicarágua, Cuba e Equador — países onde o Irã também encontra apoio. A viagem faz parte de uma estratégia do governo persa, que tenta se fortalecer em meio à polêmica sobre o programa nuclear e as demonstrações bélicas.

Desacreditado no ocidente, Ahmadinejad busca o suporte dos líderes latino-americanos que se contrapõem às políticas dos Estados Unidos. Não à toa, o iraniano participará da posse do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Eleito em um processo controverso que recebeu duras críticas e acusações de fraude, o ex-guerrilheiro assumirá o terceiro mandato. "Ahmadinejad buscará oxigênio na América Latina. Seu país está em uma situação muito complexa e, internamente, o poder é questionado, com seguidos protestos nas redes sociais e denúncias de violações de direitos humanos", observa à agência France-Presse Carlos Romero, da Universidade Central da Venezuela.

A tarefa do iraniano, no entanto, não deve ser fácil. Nem todos os países têm interesse em um conflito direto com os EUA . Na sexta-feira, o governo americano pediu aos países do continente que não apoiem o Irã. O regime islâmico perdeu apoio brasileiro, maior no mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. "O Brasil não vai defender nem atacar o Irã. Com Lula, houve muitas críticas em relação à política de proximidade com Venezuela, Cuba e Irã", lembra Lytton Guimarães, especialista em relações internacionais da Universidade de Brasília. Há também ceticismo quanto ao cumprimento dos acordos assinados por Ahmadinejad. Boa parte do dinheiro prometido para projetos bilaterais assinados na última visita ficou para a história. (CV)

Consulesa expulsa

Os Estados Unidos ordenaram a expulsão da consulesa-geral da Venezuela em Miami, Livia Acosta Noguera. Ela tem até amanhã para deixar o país, segundo o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado Americano, William Ostik, que disse não poder comentar "os detalhes por trás da decisão de declará-la persona non grata". Em 8 de dezembro, o canal hispânico Univisión exibiu uma reportagem que relacionava Livia a um suposto complô contra os Estados Unidos envolvendo as embaixadas de Venezuela, Cuba e Irã no México, entre 2006 e 2008. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que os EUA inventam que o Irã, a partir de Venezuela, Cuba ou Nicarágua, prepara ataques aos Estados Unidos.



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